Sabrina Gomes, uma jovem de 24 anos do Ceará, luta contra um tumor raro no tórax, o qual desencadeou uma série de complicações graves, incluindo Síndrome de Cushing e alterações na cor da pele. O tumor, identificado como um timoma, estimula a produção excessiva do hormônio ACTH, que, por sua vez, eleva os níveis de cortisol no organismo, levando a sintomas debilitantes como hipertensão, fadiga extrema, acúmulo de gordura e dificuldade para cicatrização.
Segundo o G1, desde o diagnóstico, a jovem passou por diversos tratamentos, incluindo cirurgias e terapias, mas agora precisa de uma medicação específica, o lutécio radioativo, para controlar o crescimento do tumor. Este medicamento, que possui um custo elevado, não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), o que a levou a recorrer à Justiça para que o estado forneça o remédio essencial para seu tratamento.
Busca pelo tratamento e as barreiras burocráticas
O tratamento com lutécio envolve quatro aplicações de aproximadamente R$ 32 mil cada, totalizando quase R$ 130 mil. Em 2023, Sabrina, com o apoio da Defensoria Pública da União, obteve uma decisão judicial favorável, determinando que a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) fornecesse o medicamento. No entanto, mesmo após a decisão, o remédio ainda não foi entregue.
A Sesa explicou que, devido à ausência do lutécio no rol de tratamentos do SUS, é necessário um processo específico de contratação, o que inclui uma dispensa de licitação. O coordenador da secretaria afirmou que a primeira tentativa não conseguiu adesão de fornecedores e que uma nova fase do processo está em andamento. Enquanto isso, Sabrina segue aguardando, com sua saúde cada vez mais fragilizada e convivendo com a incerteza de quando poderá iniciar o tratamento.
Expectativas para o futuro e a luta contínua
A equipe médica que acompanha Sabrina acredita que o lutécio pode ser eficaz, já que exames mostraram que suas células tumorais possuem receptores para o medicamento. Contudo, a cada dia sem o tratamento, os sintomas da jovem se intensificam. Sabrina relatou dificuldades até para caminhar e falar, além do desconforto físico causado pelo crescimento do tumor, que comprime órgãos vitais. Diante do sofrimento e da burocracia, Sabrina espera que o processo seja concluído rapidamente para poder finalmente iniciar o tratamento que pode salvar sua vida.
Fonte: Metro News Brasil
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