A história parece estar prestes a se repetir com o mesmo personagem, no mesmo local, e a tragédia já é conhecida. Um cão está estirado nos jardins da praça principal de Lavras, agonizando, enquanto seu sofrimento parece não comover muitos. Com a boca espumando, ele jaz no que deveria ser o cartão de visitas da cidade, despertando a solidariedade de poucos que, com alma e coração, levam comida e água para aliviar sua dor.
Uma moça bondosa tomou para si a tarefa de cuidar do animal, dividindo seu tempo entre suas responsabilidades profissionais e a causa animal. Ela se sente incomodada com a inércia das autoridades competentes, que não tomam providências para aliviar o sofrimento do cão nem para evitar que Lavras continue exposta negativamente por conta dessa situação em pleno centro da cidade, próximo a hotéis, bancos e outros estabelecimentos.
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Segundo uma pessoa com conhecimento científico que passou pelo local, o cão apresenta sintomas compatíveis com cinomose. Em sendo realmente cinomose, outros cães que frequentam a praça, podem ser contaminados, porque ela é altamente contagiosa. Este caso, não é somente de zoonose, também é de saúde publica.
No entanto, por falta de espaço no Parque Francisco de Assis, ele não foi encaminhado para lá, onde, por certo, receberia cuidados e alimentação. Como assim? Nem ao menos um veterinário foi disponibilizado para diagnosticar corretamente a condição do animal e fornecer o tratamento adequado?
Deixar o cão agonizando na praça, enquanto vídeos e fotos circulam nas redes sociais, não resolve o problema. É um verdadeiro descaso. Polícia Militar Ambiental, Zoonoses da Prefeitura de Lavras, Parque Francisco de Assis e Polícia Civil, será que alguma solução será encontrada para acabar com este show de horrores em um dos principais cartões de visita da cidade?
Ou será que, mais uma vez, tudo terminará com o recolhimento de um corpo, como aconteceu com outro cão anteriormente? Será quea história vai mesmo se repetir?
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