O que começa com um gesto de compaixão pode acabar em uma tragédia silenciosa. Os acumuladores de animais, muitas vezes vistos como amantes incondicionais de cães e gatos, na verdade sofrem de um transtorno psicológico que os impede de reconhecer os próprios limites. Esse comportamento é mais comum do que se imagina. Os acumuladores acreditam estar salvando os animais, mas acabam expondo-os a condições precárias: falta de higiene, superlotação, alimentação inadequada e ausência de cuidados veterinários.
Na maioria dos casos, o ambiente em que vivem é insalubre — tanto para os animais quanto para o próprio acumulador. O problema não é apenas de saúde pública, mas também em relação à lei: manter animais em situação de maus-tratos, principalmente por negligência, pode resultar em sanções previstas na Lei de Crimes Ambientais. O tratamento exige uma abordagem multidisciplinar, envolvendo psicólogos, assistentes sociais, veterinários e autoridades de proteção animal. Mais do que punir, é preciso cuidar tanto dos animais quanto do ser humano.
Se você suspeita de um caso de acúmulo, denuncie aos órgãos de controle e, se puder, aconselhe o indivíduo a buscar ajuda psicológica.
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