As publicações do Mirante da Bocaina destacam fatos de Lavras e do Sul de Minas e também casos de repercussão nacional que revelam aspectos preocupantes da nossa sociedade. Um desses casos aconteceu em Muriaé, na Zona da Mata mineira, e ultrapassou os limites do bom senso, do respeito e, principalmente, da linha que separa uma brincadeira de um possível ato infracional.
Na manhã de segunda-feira (12), um grupo de adolescentes tentou embarcar com um caixão vazio em um ônibus do transporte coletivo da cidade. A cena, registrada em vídeo, fazia parte de uma "pegadinha", mas o que se viu foi um episódio de extremo mau gosto que gerou perplexidade entre os passageiros e revolta nas redes sociais.
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Os jovens simularam um cortejo fúnebre, fingindo levar um ente querido para uma suposta despedida. Tudo ocorreu no momento da troca de motoristas do ônibus. Por sorte — ou por bom senso — o condutor que assumia o veículo percebeu a movimentação estranha e impediu a entrada do grupo com o caixão. Apesar de vazio, o objeto causou um susto real entre os presentes.
Em nota oficial, a concessionária responsável pelo transporte coletivo repudiou a "pegadinha", classificando-a como uma brincadeira de extremo mau gosto. A empresa também afirmou que não autorizou qualquer tipo de encenação dentro dos veículos e que avalia internamente as medidas cabíveis. Declarou ainda estar à disposição das autoridades, caso o episódio precise de investigação formal.
Embora os adolescentes não tenham causado danos físicos ou materiais, especialistas alertam que atitudes desse tipo podem configurar ato infracional, especialmente quando há risco à ordem pública ou à segurança de terceiros.
Infelizmente, não seria surpresa se esse tipo de comportamento fosse replicado em outras cidades, em busca de curtidas e visualizações nas redes sociais. É só esperar para ver — e torcer para que o bom senso prevaleça.
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