A Polícia Civil em Divinópolis concluiu uma investigação que apurou a prática dos crimes de estelionato e falsidade ideológica por parte de uma mulher de 37 anos, suspeita de simular ser portadora de câncer para obter vantagens financeiras.
As investigações apontaram que ela teria promovido campanhas de arrecadação por meio de rifas, vaquinhas virtuais, eventos beneficentes e doações espontâneas, alegando estar em estágio avançado de tratamento oncológico. A história, contada com riqueza de detalhes, fazia tanto sentido que sensibilizou familiares, amigos e até pessoas de outras cidades, que contribuíram com recursos acreditando se tratar de uma causa legítima.
Para tirar as dúvidas e apurar os fatos, foram requisitados prontuários e exames médicos a hospitais da região, clínicas especializadas e ao plano de saúde da suspeita. Os documentos foram analisados por um médico-legista da Polícia Civil, que atestou a inexistência de qualquer diagnóstico ou tratamento relacionado ao câncer.
Além disso, a suposta portadora de câncer teria feito empréstimos bancários em nome do companheiro, sem a autorização dele, e utilizado nomes de terceiros em consórcios informais. O destino dos valores arrecadados ainda é objeto de apuração complementar.
Com base nas provas reunidas, a investigada foi indiciada pelos crimes de estelionato majorado e falsidade ideológica. O procedimento foi remetido ao Poder Judiciário para as providências cabíveis.
Em nota, a Polícia Civil alertou sobre o impacto social desse tipo de golpe, que se aproveita da solidariedade coletiva para fins ilícitos.
“Casos como este abalam a confiança da população em campanhas de arrecadação e acabam prejudicando diretamente aqueles que realmente enfrentam doenças graves e necessitam de apoio. Por isso, orientamos que as pessoas tenham cautela e verifiquem a veracidade das informações antes de realizar qualquer tipo de doação”, declarou a corporação.
Mín. 11° Máx. 25°